Três poemas de Ana Carolina Francisco
Pátria amada, idolatrada, Salve, Salve! Abaixamos a palmeira imperial O vento que ecoa de longe Arrepia pele nua Som de canhões abafados...
Pátria amada, idolatrada, Salve, Salve! Abaixamos a palmeira imperial O vento que ecoa de longe Arrepia pele nua Som de canhões abafados...
Minhas mães quer tenha gente ou não todos os banquinhos donde repousam as costas da minha velha ficam atrás do congar as giras acontecem...
memórias memória visual o vizinho entrando correndo pela sala da casa memória auditiva gritos de desespero ecoando por toda a rua memória...
godard, você e todos eles a língua nunca será linguagem, nem por qualquer desvio aleatório. impossível um coração virar guarda-chuva,...
As mulheres da minha vida As mulheres da minha vida vestiram-se de negro Procuraram conforto nos campos onde as oliveiras e os sobreiros...
tenho vontade de comer maçã quanto mais vontade mais história escorrendo pelas frestas canhões ao longe e bruxas enforcadas tenho vontade...
Sylvia queima Vênus da alcova, Sílfide messalina Viciada em adesivos de nicotina Insone & neurastênica, dopada e deprimida Permita-me...
Novo livro de poemas da escritora pernambucana Manuella Bezerra de Melo traz um tempero extra: a plaquete Sal “[É] o sujeito mulher que,...
Conteúdo parcialmente publicado no blog Uma leitora negra e no Instagram @umaleitoranegra. Em 2017, último ano da graduação, decidi fazer...
todos os dias se tornaram domingo ninguém mais fala contigo não há doutor para te ver agora e por mais que quiseste ficar tu já foste embora
desosso frangos para atropelar à cubana nunca penso nos verões da minha vó em habana só nos grandes elogiosos do che
a rede da morte leva gente de arrasto e traz urgências
Três poemas de "Um rosto morno é uma folga", de Anna dos Santos. Curadoria de Danuza Lima.
aprendemos a ler fotografias com um historiador: os detalhes dos cenários das mãos das poses dos ângulos e dos objetos
há tirésias por toda parte portanto, se você tem medo da verdade não fique muito tempo na presença de crianças, mendigos e loucos
a segunda vez quem fez fui eu/a primeira também,/na segunda vez um frio no quadril/nas mãos/se no frio dói mais
Alguém esqueceu/de esquentar o carvão/O gato bebeu/a água da firmeza/do caboclo/cercada/lua cheia/meia noite/duas dezenas de onças (...)
tenho predileção por poemas/que atravessam a paisagem/o quintal na casa da minha avó/era um poema todo escrito de melancolia (...)
Volto a esse espaço e me dá ânimo, alma, trazer também outras mulheres. Hoje a voz de Ana Carolina Francisco está aqui, em corpo e palavra.
esses poemas/sãos/paraqueles que/dizem nada cai/do céu/porque não/sabem que a luz/do sol/também é um tipo/de alimento