Três poemas de Anna dos Santos
Três poemas de "Um rosto morno é uma folga", de Anna dos Santos. Curadoria de Danuza Lima.
Três poemas de "Um rosto morno é uma folga", de Anna dos Santos. Curadoria de Danuza Lima.
Anna, “...toda palavra calada…” na verdade é prenúncio de voz, às vezes grito. Alguns tipos de silêncio querem, insistem em nos dizer...
As qualidades que Ana Elisa Ribeiro, com muita perspicácia, atribuiu às escritoras estudadas no presente livro – teimosia, paciência e...
aprendemos a ler fotografias com um historiador: os detalhes dos cenários das mãos das poses dos ângulos e dos objetos
me pergunto se as telas de proteção que envolvem nossas janelas evitam o pulo dos gatos ou o nosso.
há tirésias por toda parte portanto, se você tem medo da verdade não fique muito tempo na presença de crianças, mendigos e loucos
Estava nua. Alma exposta. Sentia uma pulsação ansiosa de alegria. Era o contato com o seu eu mais divino.
a segunda vez quem fez fui eu/a primeira também,/na segunda vez um frio no quadril/nas mãos/se no frio dói mais
Alguém esqueceu/de esquentar o carvão/O gato bebeu/a água da firmeza/do caboclo/cercada/lua cheia/meia noite/duas dezenas de onças (...)
tenho predileção por poemas/que atravessam a paisagem/o quintal na casa da minha avó/era um poema todo escrito de melancolia (...)
"Para lésbicas, a apropriação da palavra escrita é fundamental para o processo de combate à invisibilidade que marca a nossa existência."
Quais propostas em massa impediram o processo de pobretização das mulheres?
Volto a esse espaço e me dá ânimo, alma, trazer também outras mulheres. Hoje a voz de Ana Carolina Francisco está aqui, em corpo e palavra.
esses poemas/sãos/paraqueles que/dizem nada cai/do céu/porque não/sabem que a luz/do sol/também é um tipo/de alimento
Há quem procure coisas nos poemas, como alguém que tem sede e procura do que beber na matéria orgânica da palavra.
(...) Ela corre. Corre muito. Até chegar em casa e se deparar com sua tia sentada no sofá. E grita: "O que da minha vida é real?".
Aline Cardoso é mestre em Linguística na área da Análise do Discurso pela UFPB, mãe da Marina e autora do livro "A proporção áurea do caos".
Silêncio/O único som/além do cano da armas/De maafa/A atravessar/Nossos corpos/Pretos/Ilógicos/Ameaçamos você?
você não faz ideia do quanto é pungente enxergar outra mulher. é como assar milho em uma fogueira e queimar a mão.
É bonito, não nego, porque é simples e anseia pelo encontro. Eu fumo e sinto frio.