"a poesia de anna dos santos aponta para um repertório de imagens que demarcam o calor. não o calor da multidão, do 'fervo', mas do aconchego, recolha de si.
o rosto morno que descansa no verso se detém na janela, vislumbra uma pequena cidade parada. e quer permanecer em casa – imagem tão propícia para o contexto atual.
quando dança, dança consigo mesma, dança para resistir à tristeza. recolhe uma melancolia que também flagramos em fernando pessoa e, ao mesmo tempo, edifica uma morada para a memória, seguindo rastros de cora coralina."
biança gonçalves (prefácio)
"um rosto morno é uma folga, um sinal de saúde, um convite a uma carícia e o título criativo do livro de estreia de anna dos santos. a poeta domina a linguagem com competência, demonstrando, em seus textos, o caráter urgente e necessário da escrita enquanto exercício de afeto, busca e remição. a autora exprime, neste livro, a sua procura pelo pertencimento, por um lugar que lhe aceite como seu, o que pode parecer utopia às pessoas sensíveis neste mundo em constante mutação e cheio de instabilidades."
camila assad (orelha)
a capa é de caroline silva sobre ilustração de luiza dideco.
um rosto morno é uma folga: poemas de anna dos santos [degustação]
três poemas de anna dos santos [curadoria de danuza lima]
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sobre a autora:
anna dos santos gosta de sol e de desbravar caminhos. por urgência e desassossego, escreve poesia e estuda filosofia na universidade federal rural do rio de janeiro (UFRRJ). também é fundadora e livreira da canto geral livros e discos e DJ residente do espaço cultural casarão, ambos localizados na baixada fluminense, onde reside atualmente.
Um rosto morno é uma folga
Anna dos Santos