POESIA & FELICIDADE, DE EDUARDA ROCHA:
Nas relações entre Brasil e Argentina, há um afeto crucial: a felicidade. A felicidade e a alegria, sua companheira mais risonha, pautam boa parte dos atritos e atrações culturais, das invejas e displicências entre os países. Embora isso seja uma provocação mais do que uma análise, o fato de este livro estudar três poetas, uma brasileira e duas argentinas, observando seus contatos com a poesia do país vizinho a partir da chave da felicidade enquanto política, não é menor.
A poesia historicamente tentou se manter longe da alegria enquanto neoliberal, muitas vezes se aproximando da melancolia, da seriedade ou de uma economia afetiva que passa pela intensidade. No entanto, Eduarda Rocha, com uma perspectiva feminista, vai evidenciar como Angélica Freitas,
Fernanda Laguna e Cecilia Pavón mobilizaram a tão malfalada felicidade, a alegria, o humor, a leveza, a bobagem, para mostrar que a poesia pode ser feita por qualquer um e em relação a
qualquer coisa. Mostrar que a poesia é um modo feliz de pensar e de se relacionar com a vida.
Luciana di Leone
Professora e pesquisadora
Neste livro, Eduarda Rocha conversa com essas poéticas com cumplicidade afetuosa. Como não poderia deixar de ser, traduz a ternura que não falta a quem escolhe, como gesto político, celebrar a felicidade.
Luiza Leite
Escritora e pesquisadora
ESCRITORAS SILENCIADAS, DE ANNA FAEDRICH:
Editado em parceria com a Fundação Biblioteca Nacional, Escritoras silenciadas é fruto da pesquisa da professora e pesquisadora, Anna Faedrich, sobre as escritoras Narcisa Amália, Julia Lopes de Almeida e Albertina Bertha.
Apontando a necessidade de reescrevermos a História da Literatura Brasileira (que, na verdade, são várias histórias), repensando a construção de um cânone literário majoritariamente masculino, Anna Faedrich explora a vida e a obra dessas três escritoras, mostrando como foram figuras importantes em sua época (na passagem do século XIX para o XX), e que, mesmo assim, sofreram com o apagamento sistemático de suas obras.
A partir de pesquisa em jornais e revistas, as histórias de Narcisa Amália, Julia Lopes de Almeida e Albertina Bertha são resgatadas, confirmando como essas três mulheres foram participativas no meio literário e eram importantes nomes da literatura brasileira.
Por que, então, a memória e a literatura dessas escritoras não foram narradas ao longo de nossa história literária? Essa é uma das perguntas que Anna faz, ao passo que reconstrói o arquivo dessas escritoras, passando por notícias em jornais e revistas, e interpretando criticamente seus textos.
O livro Escritoras silenciadas - Narcisa Amália, Julia Lopes de Almeida, Albertina Bertha e as adversidades da escrita literária de mulheres também conta com um CADERNO DE ANEXO, editado separadamente, que reúne entrevistas, fotos, recortes de jornais e transcrições.
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O AR DE UMA TEIMOSIA, DE ANA ELISA RIBEIRO:
O ar de uma teimosia: trilhas da publicação em Clarice Lispector, Lúcia Machado de Almeida e Henriqueta Lisboa, de Ana Elisa Ribeiro, com posfácio de Constância Lima Duarte.
Teimosia, paciência, persistência... palavras empregadas por três escritoras do século xx para se referirem às dificuldades e possibilidades – escassas – de terem seus escritos publicados por editoras nacionais. Clarice Lispector, em dado momento, depois de se exasperar à espera da publicação de um de seus livros, fala na “malcriação” de se autopublicar, pagando a edição. Henriqueta Lisboa, a um só tempo irônica e elegante, diz que a publicação, em especial da poesia, é um “exerciciozinho de paciência”.
Nesta obra, Ana Elisa Ribeiro investiga, sob o olhar dos estudos da edição, as redes intelectuais que as escritoras brasileiras Clarice Lispector, Lúcia Machado de Almeida e Henriqueta Lisboa acionavam para dar existência a seus livros. São de interesse também os fluxos editoriais e os mecanismos de legitimação, circulação e resguardo da produção literária dessas mulheres. Orientada por uma práxis feminista consciente e por meio do exame da correspondência ativa e passiva, inédita ou não, das escritoras, a pesquisadora desvela vivências, persistências e manobras dessas autoras – brancas e socialmente privilegiadas – publicadas no século XX, instigando-nos a refletir sobre a violência simbólica que enfrentavam, e que se mantém, sustentada por agentes e discursos para os quais, a despeito de uma pretensa neutralidade, a medida de tudo é masculina. Se “a escritora do século XXI é outra, mas ainda é a mesma”, a análise das condições às quais estavam submetidas suas antecessoras transforma-se numa potente ferramenta de oposição ao poder instituído, possibilitando uma compreensão mais abrangente dos mecanismos que fazem das mulheres que escrevem sujeitos inenarrados ou, na melhor das hipóteses, subnarrados.
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